Um troféu de Galisteu, porém, ninguém tira: é uma das campeãs de aparição na capa de "Caras"
A "disputa" por Galisteu repete um padrão semelhante desde 1995, quando ela assumiu o comando do programa "Ponto G", na CNT/Gazeta. Este primeiro trabalho durou pouco, mas rendeu convite para uma experiência na Manchete, na novela "Xica da Silva". Odiou.
De lá rumou para a MTV, onde comandou um programa chamado "Quiz". Deixou o canal musical para liderar o "Superpop", na RedeTV!. Pouco depois já estava na Record, convidada para ser a estrela do "É Show".
Da Record, Galisteu saltou para o SBT, onde ficou, para os seus padrões, quase uma eternidade, mais de três anos, à frente de um programa chamado "Charme". Em 2009, chegou à Band, onde fez de tudo um pouco. Primeiro, "Toda Sexta", depois "Projeto Fashion" e, por fim, "Muito +". Também esteve à frente de concursos de Miss e da cobertura de Carnaval da emissora.
Com tantas experiências na televisão, é natural que sejam conhecidos muitos testemunhos de bastidores sobre Galisteu. Sobram elogios ao profissionalismo, determinação, humildade e força de vontade da moça. Menos citada é uma característica que me chama a atenção: qualquer que seja a situação em que aparece na TV, Galisteu é sempre igual.
A soma dessas qualidades, infelizmente, não resulta em talento. Talvez isso explique por que nenhum programa apresentado por Galisteu tenha deixado maior lembrança.
Ainda assim, nestes quase 20 anos, colunas em sites, jornais e revistas nunca deixaram de propagar alegremente notícias desencontradas sobre os seus movimentos profissionais, além de reforçar a ideia de que o mercado publicitário enxerga na apresentadora um talento especial como garota-propaganda.
Um troféu de Galisteu, porém, ninguém tira: é uma das campeãs de aparição na capa de "Caras". Em janeiro de 2013, ao comemorar a edição de número mil, a revista festejou o fato de ter estampado a loira 45 vezes em sua capa.
A primeira vez, na edição de número 20, em março de 1994, vendeu mais de 1 milhão de exemplares. Nela, Galisteu dava detalhes do namoro, então, com Ayrton Senna (1960-1994). Cerca de 40 dias depois, o piloto morreu em Ímola. Na sequência, a suposta preferência da família de Senna por outra ex-namorada, Xuxa, deu sabor de novela mexicana ao drama da jovem modelo.
"Caras" acompanhou com lupa a trajetória de Galisteu nestes quase 20 anos --os romances, casamentos, separações, as muitas "voltas por cima", os novos projetos na TV etc. A revista também cuidou do primeiro livro da apresentadora, "Caminho das Borboletas "" Meus 405 dias ao lado de Ayrton Senna", outro sucesso de vendas.
O "casamento" bem-sucedido de Galisteu com a revista parece indestrutível e, diferentemente da trajetória da apresentadora, é um enorme sucesso. Tudo indica que quem lê "Caras" não vê televisão.
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