"Dor no idoso é não somente subestimada mas também negligenciada". Essa é a primeira linha de um artigo que oferece um roteiro prático para o controle da dor no idoso, publicado na revista "Age and Ageing".
O trabalho foi elaborado por Aza Abdulla e colaboradores das sociedades britânicas de geriatria e da dor.
Os autores lembram que a ocorrência de alterações fisiológicas e as mudanças psicossociais fragilizam esses pacientes.
Por isso, explicam eles, o tratamento desse problema não deve ficar limitado à medicação básica, deixando de lado opções que aliviem o sofrimento.
Entre as opções estão as atividades físicas, adaptadas à preferência e à capacidade individual, como caminhadas, exercícios físicos feitos de forma progressiva, hidroterapia, tai chi e ioga.
Esse tipo de atividade não apenas ajuda na dor persistente mas também contribui para prevenir as dolorosas e por vezes graves quedas dos idosos.
Entre os vários medicamentos sugeridos estão, além de injeções intra-articulares, os analgésicos de uso tópico para o joelho, em caso de osteoartrite.
Os autores lembram da necessidade de controle no uso de medicamentos orais, já que eles podem desencadear efeitos colaterais, como prisão de ventre crônica ou, eventualmente, problemas de estômago, em especial no caso dos anti-inflamatórios não esteroides.
Julio Abramczyk, médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Catarina, onde foi diretor-clínico. Na Folha desde 1960, já publicou mais de 2.500 artigos. Escreve aos sábados na seção 'Saúde'.
Dr. Como todos seus comentários, muito esclarecedor! Cabe como uma luva para mim que farei 70 este mês. Agradeço!
ResponderExcluirDr. Como todos seus comentários, muito esclarecedor! Cabe como uma luva para mim que farei 70 este mês. Agradeço!
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