BRASÍLIA - Não precisa muita coisa para tirar José Serra e Ciro Gomes do sério, mas, se há algo em particular que irrita os dois, é dizer que eles têm muito em comum. E não é que têm mesmo?
Vejamos agora. Serra se recusa a apoiar o tucano Aécio Neves para a Presidência e até mesmo a comparecer em eventos para divulgar a candidatura. E Ciro se recusa a apoiar o correligionário Eduardo Campos, do PSB, e leva junto seu irmão, o governador do Ceará, Cid Gomes.
As motivações são as mesmas: no plano político, disputa de poder; no pessoal, ressentimento. Aliás, façamos justiça: até com boas razões.
Quando Serra foi candidato pelo PSDB em 2002 e em 2010, Aécio fez o teatro do apoio em público, mas acusado por 10 entre 10 tucanos de não ser para valer, com vontade.
Pior: deixou prosperar a versão de que tinha acordos por baixo dos panos com Lula e a história das chapas "Lulécio" e "Dilmasia" (Dilma para presidente e o aecista Antonio Anastasia para o governo em Minas). Por que Serra o apoiaria agora?
E Ciro estava muito bem colocado nas pesquisas presidenciais de 2010, mas seu nome foi descartado sem piedade, justamente por Eduardo Campos, em favor da petista Dilma e da aliança PSB-PT. Por que Ciro o apoiaria agora, contra Dilma?
Há duas diferenças de comportamento. Serra tem remoído a sua, digamos, vingança, intramuros e com frio silêncio público, enquanto Ciro recorre à sua ferina língua solta. Ele critica Campos num dia, Cid Gomes bate no seguinte. E, enquanto Ciro e Cid têm uma candidata (Dilma), Serra ainda sonha, aparentemente, em ser ele próprio o candidato.
A dúvida é quanto aos efeitos práticos dos movimentos de Ciro e Serra. Os Gomes podem criar dificuldades para Campos no Nordeste, essencial para o nome dele deslanchar. Já Serra não tem força para criar dissidência no PSDB, onde FHC e os próprios serristas já fecharam com Aécio. O risco é ir sozinho para Campos.
Vejamos agora. Serra se recusa a apoiar o tucano Aécio Neves para a Presidência e até mesmo a comparecer em eventos para divulgar a candidatura. E Ciro se recusa a apoiar o correligionário Eduardo Campos, do PSB, e leva junto seu irmão, o governador do Ceará, Cid Gomes.
As motivações são as mesmas: no plano político, disputa de poder; no pessoal, ressentimento. Aliás, façamos justiça: até com boas razões.
Quando Serra foi candidato pelo PSDB em 2002 e em 2010, Aécio fez o teatro do apoio em público, mas acusado por 10 entre 10 tucanos de não ser para valer, com vontade.
Pior: deixou prosperar a versão de que tinha acordos por baixo dos panos com Lula e a história das chapas "Lulécio" e "Dilmasia" (Dilma para presidente e o aecista Antonio Anastasia para o governo em Minas). Por que Serra o apoiaria agora?
E Ciro estava muito bem colocado nas pesquisas presidenciais de 2010, mas seu nome foi descartado sem piedade, justamente por Eduardo Campos, em favor da petista Dilma e da aliança PSB-PT. Por que Ciro o apoiaria agora, contra Dilma?
Há duas diferenças de comportamento. Serra tem remoído a sua, digamos, vingança, intramuros e com frio silêncio público, enquanto Ciro recorre à sua ferina língua solta. Ele critica Campos num dia, Cid Gomes bate no seguinte. E, enquanto Ciro e Cid têm uma candidata (Dilma), Serra ainda sonha, aparentemente, em ser ele próprio o candidato.
A dúvida é quanto aos efeitos práticos dos movimentos de Ciro e Serra. Os Gomes podem criar dificuldades para Campos no Nordeste, essencial para o nome dele deslanchar. Já Serra não tem força para criar dissidência no PSDB, onde FHC e os próprios serristas já fecharam com Aécio. O risco é ir sozinho para Campos.
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