Os bancos centrais devem subir os juros para combater a inflação e relaxar a política monetária quando adequado. Independentemente dos ciclos de alta e baixa, a taxa média de juros tem caído substancialmente no Brasil nos últimos anos, e é importante entender a razão.
Em 2003, após a inflação ter fechado 2002 acima de 12%, o BC fixou uma taxa de 26,5% visando estabilizar a economia. Iniciado o processo de estabilização, o BC passou a reduzir os juros, até 16%. Nesse patamar, houve aumento da inflação, e o BC voltou a elevar a taxa, até 19,75%. Nesse nível, a inflação começou a ceder e convergir para a meta, mas com taxa muito inferior à necessária em 2003.
Nos ciclos posteriores, quando necessários novos aumentos de juros, as taxas foram atingindo patamares cada vez mais baixos, sendo que os analistas que hoje defendem ações mais duras de política monetária contra a inflação propõem alta da taxa básica a níveis que seriam muito baixos alguns anos atrás.
A taxa real de juros (diferença entre a taxa nominal e a inflação) necessária para controlar a inflação vem caindo sistematicamente nos últimos anos. Isso é resultado da estabilização econômica e principalmente do controle da inflação na última década, cuja consequência mais importante foi o maior crescimento econômico.
A razão dos altos juros do país no passado era nosso histórico de inflações elevadíssimas. Mas, na medida em que a inflação cai e se mantém em torno da meta, e os formadores de preço passam a crer que seguirá assim, a maioria começa a planejar reajustes em torno da meta, reduzindo muito a pressão por indexação. Isso tudo reduz substancialmente a necessidade de taxas de juros elevadas.
Além disso, o país enfrentava grave instabilidade econômica: fiscal, cambial e inflacionária. Diante das diversas vulnerabilidades da economia, a população cobrava um prêmio de risco, isto é, juros mais altos para defender sua poupança.
A estabilidade permitiu ainda o crescimento do volume e dos prazos do crédito, o que aumentou também a potência da política monetária.
Portanto é fundamental entender o que a história deixa claro: a queda dos juros é resultado de uma política anti-inflacionária aplica- da com rigor e disciplina, não o contrário.
É importante que os formadores de preço creiam que as autoridades estão preparadas para tomar as medidas necessárias para que a inflação esteja na meta. A partir daí, a expectativa da inflação cai e os preços são reajustados em torno da meta, o que, junto a outros fatores, torna possível controlar a inflação com juros mais baixos.
Em 2003, após a inflação ter fechado 2002 acima de 12%, o BC fixou uma taxa de 26,5% visando estabilizar a economia. Iniciado o processo de estabilização, o BC passou a reduzir os juros, até 16%. Nesse patamar, houve aumento da inflação, e o BC voltou a elevar a taxa, até 19,75%. Nesse nível, a inflação começou a ceder e convergir para a meta, mas com taxa muito inferior à necessária em 2003.
Nos ciclos posteriores, quando necessários novos aumentos de juros, as taxas foram atingindo patamares cada vez mais baixos, sendo que os analistas que hoje defendem ações mais duras de política monetária contra a inflação propõem alta da taxa básica a níveis que seriam muito baixos alguns anos atrás.
A taxa real de juros (diferença entre a taxa nominal e a inflação) necessária para controlar a inflação vem caindo sistematicamente nos últimos anos. Isso é resultado da estabilização econômica e principalmente do controle da inflação na última década, cuja consequência mais importante foi o maior crescimento econômico.
A razão dos altos juros do país no passado era nosso histórico de inflações elevadíssimas. Mas, na medida em que a inflação cai e se mantém em torno da meta, e os formadores de preço passam a crer que seguirá assim, a maioria começa a planejar reajustes em torno da meta, reduzindo muito a pressão por indexação. Isso tudo reduz substancialmente a necessidade de taxas de juros elevadas.
Além disso, o país enfrentava grave instabilidade econômica: fiscal, cambial e inflacionária. Diante das diversas vulnerabilidades da economia, a população cobrava um prêmio de risco, isto é, juros mais altos para defender sua poupança.
A estabilidade permitiu ainda o crescimento do volume e dos prazos do crédito, o que aumentou também a potência da política monetária.
Portanto é fundamental entender o que a história deixa claro: a queda dos juros é resultado de uma política anti-inflacionária aplica- da com rigor e disciplina, não o contrário.
É importante que os formadores de preço creiam que as autoridades estão preparadas para tomar as medidas necessárias para que a inflação esteja na meta. A partir daí, a expectativa da inflação cai e os preços são reajustados em torno da meta, o que, junto a outros fatores, torna possível controlar a inflação com juros mais baixos.
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